UMA PERSPETIVA CIENTÍFICA E ARTÍSTICA SOBRE A PALEOECOLOGIA DA BACIA LUSITANIANA
O Endymion é um projeto dedicado ao estudo e catalogação de vestígios fósseis tendo como objetivo final a reconstituição dos organismos, dos habitats e das interações ecológicas estabelecidas no contexto Mesozóico do ocidente ibérico.
A BACIA
LUSITANIANA
Remontando ao Triássico Superior e à fratura da Pangeia, esta bacia sedimentar tomou a sua forma sobre uma margem continental não vulcânica (Margem Ibérica Ocidental), num contexto associado aos eventos de rift que levaram à abertura do Oceano Atlântico Norte.
Cerca de dois terços da Bacia Lusitaniana são ainda visíveis no litoral ocidental de Portugal; nas suas camadas podemos vislumbrar a sucessão complexa de paisagens — planícies costeiras, ambientes fluviais e mares pouco profundos — que serviram de habitat a uma miríade de organismos durante grande parte do Mesozóico.
CAPTAR VISLUMBRES
DO PASSADO
A primeira componente deste projeto gira em torno de atividades de prospeção centradas na identificação de vestígios fósseis. Nesta fase, recorrendo a métodos não-destrutivos, cada espécime é caracterizado, georreferenciado e visualmente registado com base em técnicas de fotogrametria.
Os dados recolhidos são posteriormente compilados num catálogo aberto, desenhado com base numa seleção de fósseis representativos de diferentes localizações e cronologias. Este objeto é sustentado em modelos tridimensionais interativos com vista à preservação da informação morfológica e deposicional.
RECONSTRUIR
PALEOPAISAGENS ANTIGAS
Com base no seu processo de catalogação — e na literatura paleontológica existente — o Endymion procura retratar os organismos e os habitats da Bacia Lusitaniana através de reconstituições paleoartísticas baseadas em factos e produzidas com forte ênfase na precisão.
Este esforço passa por diferentes abordagens, desde ilustrações gráficas bidimensionais a esculturas volumétricas. A sua aplicação pode ser configurada enquanto ferramenta de interpretação para a comunidade científica ou, de igual modo, como material educacional, mediado tendo em mente a comunicação científica para públicos mais abrangentes.
GEOGRAFIA
DO PROJETO
O Endymion desenvolve a sua atividade com base numa área delimitada sobre o sector central da Bacia Lusitaniana, circunscrição compreendida entre a Falha da Nazaré, a Norte, e a Falha do Estuário do Tejo, a Sul.
Neste contexto, as expedições de catalogação são projetadas em troços de maior interesse fossilífero, privilegiando-se afloramentos rochosos de origem sedimentar com boa acessibilidade operacional e propensos à exposição natural dos espécimes fossilizados.
BIBLIOGRAFIA
SELECIONADA
I
Falkingham, P. L. (2012). Acquisition of high resolution three-dimensional models using free, open-source, photogrammetric software. Palaeontologia electronica, 15(1), 15.
II
Johnson, E. H., & Carter, A. M. (2019) Defossilization: A Review of 3D Printing in Experimental Paleontology. Front. Ecol. Evol. 7:430. doi: 10.3389/fevo.2019.00430
III
Kullberg, J. C., Rocha, R. B., Soares, A. F., Rey, J., Terrinha, P., Azerêdo, A. C., … & Miranda, R. M. (2013). A Bacia Lusitaniana: estratigrafia, paleogeografia e tectónica. In: Geologia de Portugal, Vol. II: Geologia Meso-cenozóica de Portugal. Eds. Rui Dias, Alexandre Araújo, Pedro Terrinha, José Carlos Kullberg. Lisboa : Livraria Escolar Editora, Cap. III.3., p. 195-347
IV
Kullberg, J. C., & Rocha, R. B. (2014). The Upper Jurassic of the Lusitanian Basin: importance of linking lithostratigraphy, chronostratigraphy and cartography. I—the end of the 2nd rifting episode. Comunicações Geológicas, 101, 459-462.
V
Pinheiro, L. M., Wilson, R. C. L., Pena dos Reis, R., Whitmarsh, R. B., & Ribeiro, A. (1996). The western Iberia margin: a geophysical and geological overview. In Proceedings of the Ocean Drilling Program, Scientific Results. Vol. 146. (pp. 3-26).
VI
Quesada, C., & J. T. Oliveira (eds). (2019). The Geology of Iberia: A Geodynamic Approach. Vol. 4 – Cenozoic Basins. Springer Nature Switzerland AG, Regional Geology Reviews.
VII
Rasmussen, E. S., Lomholt, S., Andersen, C., & Vejbæk, O. V. (1998). Aspects of the structural evolution of the Lusitanian Basin in Portugal and the shelf and slope area offshore Portugal. Tectonophysics, 300(1-4), 199-225.
UMA PERSPETIVA CIENTÍFICA E ARTÍSTICA SOBRE A PALEOECOLOGIA DA BACIA LUSITANIANA
O Endymion é um projeto dedicado ao estudo e catalogação de vestígios fósseis tendo como objetivo final a reconstituição dos organismos, dos habitats e das interações ecológicas estabelecidas no contexto mesozóico do ocidente ibérico.
A BACIA
LUSITANIANA
Remontando ao Triássico Superior e à fratura da Pangeia, esta bacia sedimentar tomou a sua forma sobre uma margem continental não vulcânica (Margem Ibérica Ocidental), num contexto associado aos eventos de rift que levaram à abertura do Oceano Atlântico Norte.
Cerca de dois terços da Bacia Lusitaniana são ainda visíveis no litoral ocidental de Portugal; nas suas camadas podemos vislumbrar a sucessão complexa de paisagens — planícies costeiras, ambientes fluviais e mares pouco profundos — que serviram de habitat a uma miríade de organismos durante grande parte do Mesozóico.
CAPTAR VISLUMBRES DO PASSADO
A primeira componente deste projeto gira em torno de atividades de prospeção centradas na identificação de vestígios fósseis. Nesta fase, recorrendo a métodos não-destrutivos, cada espécime é caracterizado, georreferenciado e visualmente registado com base em técnicas de fotogrametria.
Os dados recolhidos são posteriormente compilados num catálogo aberto, desenhado com base numa seleção de fósseis representativos de diferentes localizações e cronologias. Este objeto é sustentado em modelos tridimensionais interativos com vista à preservação da informação morfológica e deposicional.
REMONTAR PAISAGENS VIVAS ANTIGAS
Com base no seu processo de catalogação — e na literatura paleontológica existente — o Endymion procura retratar os organismos e os habitats da Bacia Lusitaniana através de reconstituições paleoartísticas baseadas em factos e produzidas com forte ênfase na precisão.
Este esforço passa por diferentes abordagens, desde ilustrações gráficas bidimensionais a esculturas volumétricas. A sua aplicação pode ser configurada enquanto ferramenta de interpretação para a comunidade científica ou, de igual modo, como material educacional, mediado tendo em mente a comunicação científica para públicos mais abrangentes.
GEOGRAFIA DO PROJETO
O Endymion desenvolve a sua atividade com base numa área delimitada sobre o sector central da Bacia Lusitaniana, circunscrição compreendida entre a Falha da Nazaré, a Norte, e a Falha do Estuário do Tejo, a Sul.
Neste contexto, as expedições de catalogação são projetadas em troços de maior interesse fossilífero, privilegiando-se afloramentos rochosos de origem sedimentar com boa acessibilidade operacional e propensos à exposição natural dos espécimes fossilizados.
BIBLIOGRAFIA
SELECIONADA
I
Falkingham, P. L. (2012). Acquisition of high resolution three-dimensional models using free, open-source, photogrammetric software. Palaeontologia electronica, 15(1), 15.
II
Johnson, E. H., & Carter, A. M. (2019) Defossilization: A Review of 3D Printing in Experimental Paleontology. Front. Ecol. Evol. 7:430. doi: 10.3389/fevo.2019.00430
III
Kullberg, J. C., Rocha, R. B., Soares, A. F., Rey, J., Terrinha, P., Azerêdo, A. C., … & Miranda, R. M. (2013). A Bacia Lusitaniana: estratigrafia, paleogeografia e tectónica. In: Geologia de Portugal, Vol. II: Geologia Meso-cenozóica de Portugal. Eds. Rui Dias, Alexandre Araújo, Pedro Terrinha, José Carlos Kullberg. Lisboa : Livraria Escolar Editora, Cap. III.3., p. 195-347
IV
Kullberg, J. C., & Rocha, R. B. (2014). The Upper Jurassic of the Lusitanian Basin: importance of linking lithostratigraphy, chronostratigraphy and cartography. I—the end of the 2nd rifting episode. Comunicações Geológicas, 101, 459-462.
V
Pinheiro, L. M., Wilson, R. C. L., Pena dos Reis, R., Whitmarsh, R. B., & Ribeiro, A. (1996). The western Iberia margin: a geophysical and geological overview. In Proceedings of the Ocean Drilling Program, Scientific Results. Vol. 146. (pp. 3-26).
VI
Quesada, C., & J. T. Oliveira (eds). (2019). The Geology of Iberia: A Geodynamic Approach. Vol. 4 – Cenozoic Basins. Springer Nature Switzerland AG, Regional Geology Reviews.
VII
Rasmussen, E. S., Lomholt, S., Andersen, C., & Vejbæk, O. V. (1998). Aspects of the structural evolution of the Lusitanian Basin in Portugal and the shelf and slope area offshore Portugal. Tectonophysics, 300(1-4), 199-225.