UMA PLATAFORMA PARA A EXPLORAÇÃO DAS PAISAGENS ATLÂNTICAS DO OCIDENTE IBÉRICO
O Okeanos é um projeto plurianual dedicado à compreensão e documentação da biologia e da ecologia marinhas da zona litoral, tendo como foco central a interação dos organismos vivos com o seu meio biofísico e com a presença humana.
A ZONA
LITORAL
Determinada pelo interface terra-mar, a zona litoral marinha pode ser definida como um bioma ativo, dominado por cíclicos momentos de submersão e exposição, forte movimento de água, assim como temperaturas, salinidade e níveis de oxigénio variáveis. Aqui, diferentes configurações geofísicas influenciam profundamente a presença dos organismos vivos, dando origem a padrões claros de zonação vertical.
As plantas e animais que habitam este ambiente constituem um interessante exemplo da adaptação da vida às condições voláteis — e por vezes turbulentas — da superfície da Terra. Lidando com circunstâncias dinâmicas, desde a zona de splash até as áreas logo inferiores à maré-baixa, uma miríade de organismos tira o melhor proveito da situação, prosperando no fluxo constante de nutrientes disponível.
DESVENDAR
AS ONDAS
O Okeanos procura explorar as paisagens do litoral de uma forma imersiva e íntima, atravessando as zonas supralitoral, médiolitoral e infralitoral para testemunhar as vidas e os processos ecológicos que estão patentes na variedade de habitats — desde as poças de maré, em costas rochosas, à permanente coluna de água abaixo das marés.
Cada expedição ao terreno nesta plataforma visa a criação de retratos audiovisuais e contextuais. O ethos subjacente é sobretudo inquisitivo e não intrusivo, permitindo à nossa equipa desvendar um vislumbre da complexidade ecológica global presente nas áreas trabalhadas: a biodiversidade, comportamentos individuais e coletivos, interações interespecíficas e adaptações ambientais.
ABRIR O OCEANO
À SOCIEDADE
O trabalho do Okeanos é direcionado para a produção de conteúdos documentais de base científica e acessíveis a um público mais amplo. Contempla, de igual modo, fornecer materiais e programas educacionais, construídos a partir dos dados recolhidos no terreno pela nossa equipa em conjunção com o atual conhecimento sobre a biologia litoral.
A nossa missão fundamental prende-se com a apresentação de um conjunto de pontos de contato entre a sociedade e os ecossistemas marinhos envolventes. Como resultado, esperamos promover a conservação da natureza e a proteção de habitats ao apresentar à população as histórias que se desenrolam constantemente junto e sob as ondas do oceano.
CONTEXTO
GEOGRÁFICO
Este projecto centra a sua actividade nas costas centro e Sul de Portugal, inseridas no contexto mais abrangente do Atlântico Nordeste e parte do mar regional europeu do Golfo da Biscaia e da Costa Ibérica.
Cada expedição do Okeanos é desenvolvida em troços litorais diversificados, procurando observar os processos ecológicos decorrentes de diferentes geografias costeiras. A seleção dos locais segue uma lógica comparativa, contrapondo uma variedade de contextos geológicos, geomorfológicos e biofísicos, sempre com atenção aos impactos humanos presentes.
BIBLIOGRAFIA
SELECIONADA
I
Davies, J., Baxter, J., Bradley, M., Connor, D., Khan, J., Murray, E., Sanderson, W., Turnbull, C. & Vincent, M. (2001), Marine Monitoring Handbook. Joint Nature Conservation Committee 405 pp, ISBN 1 85716 550 0
II
Donoghue, D. N., & Mironnet, N. (2002). Development of an integrated geographical information system prototype for coastal habitat monitoring. Computers & Geosciences, 28(1), 129-141.
III
Godet, L., Fournier, J., Toupoint, N., & Olivier, F. (2009). Mapping and monitoring intertidal benthic habitats: a review of techniques and a proposal for a new visual methodology for the European coasts. Progress in Physical Geography, 33(3), 378-402.
IV
Larsen, P. F., Barker, S., Wright, J., & Erickson, C. B. (2004). Use of cost effective remote sensing to map and measure marine intertidal habitats in support of ecosystem modeling efforts: Cobscook Bay, Maine. Northeastern Naturalist, 11(sp2), 225-242
V
Leston, S., Nunes, M., Rosa, J., Lemos, M. F. L., Ramos, F., & Pardal, M. A. (2014). Prospection, collection, and preservation of marine samples. In Rocha-Santos, T., & Duarte, A. C. (eds). Analysis of Marine Samples in Search of Bioactive Compounds Vol. 65. (pp 15-34). Elsevier.
VI
Meese, Robert J.; Tomich, Patricia A. (1992). Dots on the rocks: a comparison of percent cover estimation methods. Journal of Experimental Marine Biology and Ecology 165.1: 59-73.
VII
Miller, A. W., & Ambrose, R. F. (2000). Sampling patchy distributions: comparison of sampling designs in rocky intertidal habitats. Marine Ecology Progress Series, 196, 1-14.
VIII
Moysés, Danuza Nogueira, Junqueira, Andréa de Oliveira R., Lavrado, Helena Passeri, & Silva, Sérgio Henrique Gonçalves da. (2007). Method for monitoring intertidal communities in a steep rocky shore: a combination of digital image technology and field operational strategy. Brazilian Journal of Oceanography, 55(1), 19-27.
IX
Murray, Steven N., Ambrose, Richard F., & Megan N. Dethier. (2002) Methods for Performing Monitoring, Impact, and Ecological Studies on Rocky Shores. MMS OCS Study 2001-070. Coastal Research Center, Marine Science Institute, University of California, Santa Barbara, California. MMS Cooperative Agreement Number 14-35-0001-30761. 217 pages.
X
Pech, D., Condal, A. R., Bourget, E., & Ardisson, P. L. (2004). Abundance estimation of rocky shore invertebrates at small spatial scale by high-resolution digital photography and digital image analysis. Journal of Experimental Marine Biology and Ecology, 299(2), 185-199.
UMA PLATAFORMA PARA A EXPLORAÇÃO DAS PAISAGENS ATLÂNTICAS DO OCIDENTE IBÉRICO
O Okeanos é um projeto plurianual dedicado à compreensão e documentação da biologia e da ecologia marinhas da zona litoral, tendo como foco central a interação dos organismos vivos com o seu meio biofísico e com a presença humana.
A ZONA
LITORAL
Determinada pelo interface terra-mar, a zona litoral marinha pode ser definida como um bioma ativo, dominado por cíclicos momentos de submersão e exposição, forte movimento de água, assim como temperaturas, salinidade e níveis de oxigénio variáveis. Aqui, diferentes configurações geofísicas influenciam profundamente a presença dos organismos vivos, dando origem a padrões claros de zonação vertical.
As plantas e animais que habitam este ambiente constituem um interessante exemplo da adaptação da vida às condições voláteis — e por vezes turbulentas — da superfície da Terra. Lidando com circunstâncias dinâmicas, desde a zona de splash até as áreas logo inferiores à maré-baixa, uma miríade de organismos tira o melhor proveito da situação, prosperando no fluxo constante de nutrientes disponível.
DESVENDAR
AS ONDAS
O Okeanos procura explorar as paisagens do litoral de uma forma imersiva e íntima, atravessando as zonas supralitoral, médiolitoral e infralitoral para testemunhar as vidas e os processos ecológicos que estão patentes na variedade de habitats — desde as poças de maré, em costas rochosas, à permanente coluna de água abaixo das marés.
Cada expedição ao terreno nesta plataforma visa a criação de retratos audiovisuais e contextuais. O ethos subjacente é sobretudo inquisitivo e não intrusivo, permitindo à nossa equipa desvendar um vislumbre da complexidade ecológica global presente nas áreas trabalhadas: a biodiversidade, comportamentos individuais e coletivos, interações interespecíficas e adaptações ambientais.
ABRIR O OCEANO
À SOCIEDADE
O trabalho do Okeanos é direcionado para a produção de conteúdos documentais de base científica e acessíveis a um público mais amplo. Contempla, de igual modo, fornecer materiais e programas educacionais, construídos a partir dos dados recolhidos no terreno pela nossa equipa em conjunção com o atual conhecimento sobre a biologia litoral.
A nossa missão fundamental prende-se com a apresentação de um conjunto de pontos de contato entre a sociedade e os ecossistemas marinhos envolventes. Como resultado, esperamos promover a conservação da natureza e a proteção de habitats ao apresentar à população as histórias que se desenrolam constantemente junto e sob as ondas do oceano.
CONTEXTO
GEOGRÁFICO
Este projecto centra a sua actividade nas costas centro e Sul de Portugal, inseridas no contexto mais abrangente do Atlântico Nordeste e parte do mar regional europeu do Golfo da Biscaia e da Costa Ibérica.
Cada expedição do Okeanos é desenvolvida em troços litorais diversificados, procurando observar os processos ecológicos decorrentes de diferentes geografias costeiras. A seleção dos locais segue uma lógica comparativa, contrapondo uma variedade de contextos geológicos, geomorfológicos e biofísicos, sempre com atenção aos impactos humanos presentes.
BIBLIOGRAFIA
SELECIONADA
I
Davies, J., Baxter, J., Bradley, M., Connor, D., Khan, J., Murray, E., Sanderson, W., Turnbull, C. & Vincent, M. (2001), Marine Monitoring Handbook. Joint Nature Conservation Committee 405 pp, ISBN 1 85716 550 0
II
Donoghue, D. N., & Mironnet, N. (2002). Development of an integrated geographical information system prototype for coastal habitat monitoring. Computers & Geosciences, 28(1), 129-141.
III
Godet, L., Fournier, J., Toupoint, N., & Olivier, F. (2009). Mapping and monitoring intertidal benthic habitats: a review of techniques and a proposal for a new visual methodology for the European coasts. Progress in Physical Geography, 33(3), 378-402.
IV
Larsen, P. F., Barker, S., Wright, J., & Erickson, C. B. (2004). Use of cost effective remote sensing to map and measure marine intertidal habitats in support of ecosystem modeling efforts: Cobscook Bay, Maine. Northeastern Naturalist, 11(sp2), 225-242
V
Leston, S., Nunes, M., Rosa, J., Lemos, M. F. L., Ramos, F., & Pardal, M. A. (2014). Prospection, collection, and preservation of marine samples. In Rocha-Santos, T., & Duarte, A. C. (eds). Analysis of Marine Samples in Search of Bioactive Compounds Vol. 65. (pp 15-34). Elsevier.
VI
Meese, Robert J.; Tomich, Patricia A. (1992). Dots on the rocks: a comparison of percent cover estimation methods. Journal of Experimental Marine Biology and Ecology 165.1: 59-73.
VII
Miller, A. W., & Ambrose, R. F. (2000). Sampling patchy distributions: comparison of sampling designs in rocky intertidal habitats. Marine Ecology Progress Series, 196, 1-14.
VIII
Moysés, Danuza Nogueira, Junqueira, Andréa de Oliveira R., Lavrado, Helena Passeri, & Silva, Sérgio Henrique Gonçalves da. (2007). Method for monitoring intertidal communities in a steep rocky shore: a combination of digital image technology and field operational strategy. Brazilian Journal of Oceanography, 55(1), 19-27.
IX
Murray, Steven N., Ambrose, Richard F., & Megan N. Dethier. (2002) Methods for Performing Monitoring, Impact, and Ecological Studies on Rocky Shores. MMS OCS Study 2001-070. Coastal Research Center, Marine Science Institute, University of California, Santa Barbara, California. MMS Cooperative Agreement Number 14-35-0001-30761. 217 pages.
X
Pech, D., Condal, A. R., Bourget, E., & Ardisson, P. L. (2004). Abundance estimation of rocky shore invertebrates at small spatial scale by high-resolution digital photography and digital image analysis. Journal of Experimental Marine Biology and Ecology, 299(2), 185-199.